Resumo: Escrevo pensando nos jovens das gerações Y (que hoje estão numa faixa entre 27 e 35 anos) e da geração Z (que hoje estão numa faixa entre 17 e 26 anos). A geração Z, em especial, onde as crianças já nasceram com acessibilidade e conectadas na internet, por computador ou smartphones, estudando pelo Google, conversando via Redes Sociais, brincando com jogos virtuais e até realizando um dos atos mais humanos que existe que é namorar pela Web. Assim, é claramente a geração que sofreu maior impacto das tecnologias e da internet.
Se antes já havia choques de geração, lembrando que se contava gerações em períodos de 10 anos, hoje acredito que estamos em 4 anos e baixando sempre. Ou seja, o rapaz de 20 anos é considerado, em vários aspectos, velho e desatualizado - pelo jovem de 16 anos. Isto é surpreendente e muito impactante nas escolas, universidades e no mundo do trabalho. Como separar o que é importante e significativo do que é supérfluo e descartável? No livro “A Arte da Vida” , Zigmund Bauman lança o questionamento: O que há de errado com a felicidade?
Poucos eventos escapam ao olhar atento deste atento sociólogo, que apresenta breves e brilhantes análises da realidade da vida moderna. Surpreende sua a capacidade de descobrir significados sob atos aparentemente simples – uma chamada ao celular, a exposição de uma foto no Facebook,
um outdoor, a lista de gastos do cartão de crédito. Todos esses fatos que parecem casuais e desconectados se unem para reforçar a aflição das pessoas do mundo líquido moderno: resgatar sua identidade e privacidade. E o sociólogo faz um alerta: apenas unidos poderemos combater os “males sociais”, via individualismo seria o mesmo que nos preparar para nossa própria biodegradação.
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